Dentro desta lâmpada votiva habita tua vida
Alma que nos trouxe aos pés de uma realidade
Já trespassada de humilhações indignadas
Obliterada pelas conversas que propõem novas verdades.
Começaremos daqui a pouco a saber amar
Daqui a um tempo faremos um muro, por nós...
E em um instante estaremos mais que sós,
Vai ser o fim da luz da tua lâmpada.
E eu, cidadão, que não habita lugar algum
Vou voltar a buscar a sede que hoje teu vinho sacia
Talvez num porre de conhaque...
Ou talvez, bebendo de volta
o meu próprio sangue que
misturado estará à água fria...
terça-feira, 25 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
Comiseração
Tento hoje ver o que é a minha vida,
Porém, não sei de onde devo olhar por ela.
Todo o olhar, todo lugar, toda ferida,
Está exposta na alma como numa tela.
As verdades que sempre cultivei,
São como as farças que em meu peito colocou
O mundo, desse medo de viver e ser;
O solo em que ainda piso com temor.
Quero felicidade, amizade, amor.
Mas só percebo inveja, falsidade, pavor,
Hipocrisia em pequenas lições - para crianças -
Condescendência, desânimo, desesperança...
Queria mesmo olhar nos olhos,
Fazer a sonhada dança,
Poder ser pequeno,
Poder ser sincero,
Poder voltar à franqueza da infância
Porém, não sei de onde devo olhar por ela.
Todo o olhar, todo lugar, toda ferida,
Está exposta na alma como numa tela.
As verdades que sempre cultivei,
São como as farças que em meu peito colocou
O mundo, desse medo de viver e ser;
O solo em que ainda piso com temor.
Quero felicidade, amizade, amor.
Mas só percebo inveja, falsidade, pavor,
Hipocrisia em pequenas lições - para crianças -
Condescendência, desânimo, desesperança...
Queria mesmo olhar nos olhos,
Fazer a sonhada dança,
Poder ser pequeno,
Poder ser sincero,
Poder voltar à franqueza da infância
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