Dentro desta lâmpada votiva habita tua vida
Alma que nos trouxe aos pés de uma realidade
Já trespassada de humilhações indignadas
Obliterada pelas conversas que propõem novas verdades.
Começaremos daqui a pouco a saber amar
Daqui a um tempo faremos um muro, por nós...
E em um instante estaremos mais que sós,
Vai ser o fim da luz da tua lâmpada.
E eu, cidadão, que não habita lugar algum
Vou voltar a buscar a sede que hoje teu vinho sacia
Talvez num porre de conhaque...
Ou talvez, bebendo de volta
o meu próprio sangue que
misturado estará à água fria...