A besta,
docemente,
se aproxima
do alimento.
E vislumbra,
sorridente,
o que há
de por pra dentro.
Mas,
num frêmito de loucura
a vítima lhe pede,
que poupe sua carne,
que a besta se apiede.
A besta
por instantes
pondera tal pedido,
e vê que sua fome
faz muito mais sentido.
E garante à comida
que não haverá dor,
pois tudo que devora
ela devora com amor.