Até hoje, todos os dias e os do porvir
Viver é conviver com a impossibilidade dos possíveis
Existir sob a égide da frustração e sorrir
Amar os porões e devanear sonhos inacessíveis
Trazer ao peito a dor de saber
Saber-se dor, ouvir as portas fechar
Tomar-se por elevado, oco ao quadrado
Beijar o seio e se alimentar do vago
Nadamos no onírico, desarranjado fazer
Na vanidade que aborrece cada subsistir
Sorrindo farças às lâminas, ao poder
Mas, se só lágrimas nos vem às faces
O que é pra ser?
Não há viagens que acabem sem disfarces.
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