Construímos o presente
na opressão,
no descaso,
no frenesi.
Escrevemos nosso nome
com o sangue
que se coagula
na ferida,
que não cura.
Mas, daqui pra frente
Comeremos o ventre,
das madonas,
como abutres
religiosos.
Ganiremos ao luar
como lobos,
insaciáveis,
desvairados.
E então:
Destronaremos
as tradições
as maldições
que nos tornam
incapazes de ver
que só tem sentido
viver a luta
que vai de frente,
de braços dados,
pelas ruas.
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