domingo, 8 de novembro de 2009

Testamento

Nesses poucos e curtos anos já recebi o meu pão
Em mãos afetivas aprendi a chorar
Senti que o mundo se encaminhava na solidão
Vi amigos partirem sem que os pudesse segurar

Queimei minhas mãos ao tentar apertar
Àqueles que por longo tempo julguei ter paixão
Amei a todos que vi caminhar
Por sendas ecuras em comunhão

E a cada imagem, cada sensação
Vi meu erro, o primeiro, se perpetuar
Quis mudar, colocar meus pés no chão

Fazer de minha vida um desvio do olhar
Tentar me livrar de cada sentimento vão
Mas não consegui deixar de amar,
Irmão.

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