sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Se eu algum dia encontrei poesia
Foi nos desvarios, nos sorrisos torpes
Que somente vamos encontrar no baixo ventre
Nas esquinas solitárias de ruas tortas

Não há poesia que não faça curva
E vida que seja essencialmente luminosa

Ela só se dá quando cai o véu
As ruas expõem sua face nua
Onde donzelas ofertam sua carne crua
E andaimes nos mostram o céu

Homens andam atabalhoados a perder o ócio
Ocupações mil – compro ouro e outros
Ali está posta a poesia que sobrevive à ruína
Por trás da cegueira de todo o negócio

E ainda tem os meninos, pequenos saltimbancos
Brincam, brigam, pedem, assaltam
Só não se sabe se chegarão a ter idade para os bancos
Talvez, algum que seja talentoso e versado na arte da sociedade
Roubo também é propriedade.

E no meio, caminha solitário algum desajustado.
Um cigarro entre os dedos, caneta no bolso,
Sempre pronto a inutilizar alguns versos
Idéias na mente, vontades ardentes
De ver toda e qualquer poesia,
Por mais feia, bandida, ou vadia.
Mutar-se em canção inocente.

Um comentário:

  1. Vo parar de comentar senão nego vai achar q eu sou seu baba-ovo
    hahahahha
    fico muito boa cara, do tipo que nós gostamo memo hehehe

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