Voltei hoje à minha cidade
Percebi hoje a distância
Que mutila a mocidade
E me faz negar que tive infância
Hoje vejo a procissão
Que volteia os becos e vielas
Passando em baixo das janelas
Onde as cruzes são os próprios ombros
Com os olhos esgotados
Vejo agora essa gente
Que eu já quis olhar de frente
Mas que agora são finados
Eu mesmo, com essa dor no peito
Provinciano, como me foi imposto
Devo hoje abandonar meu posto
E sepultar-me em Ouro Preto
Belo, Belo, Belo...
ResponderExcluirlindas palavras meu caro Castor!!!!!
Suas poesias sao tao angustiantes!!!