quarta-feira, 28 de abril de 2010

Volta a Ouro Preto

Voltei hoje à minha cidade
Percebi hoje a distância
Que mutila a mocidade
E me faz negar que tive infância

Hoje vejo a procissão
Que volteia os becos e vielas
Passando em baixo das janelas
Onde as cruzes são os próprios ombros

Com os olhos esgotados
Vejo agora essa gente
Que eu já quis olhar de frente
Mas que agora são finados

Eu mesmo, com essa dor no peito
Provinciano, como me foi imposto
Devo hoje abandonar meu posto
E sepultar-me em Ouro Preto

Um comentário:

  1. Belo, Belo, Belo...
    lindas palavras meu caro Castor!!!!!
    Suas poesias sao tao angustiantes!!!

    ResponderExcluir